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Dia Mundial do Câncer de ovário

  • Foto do escritor: drpedrolourega
    drpedrolourega
  • 13 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

Eles são duas glândulas que parecem amêndoas, de cerca de 3 cm de comprimento por 1,5 cm de largura e 1 cm de espessura. O tamanho não é proporcional à importância de sua função no corpo da mulher: cuidam da produção dos hormônios sexuais femininos, da produção e armazenamento dos óvulos.

A dimensão também não faz jus ao que acontece quando o câncer acomete esse órgão: mais de 295 mil mulheres no mundo são diagnosticadas anualmente com câncer de ovário e mais de 184 mil mortes são causadas todo ano pela doença.

Por isso que 8 de maio é o Dia Mundial do Câncer de Ovário: para reunir pacientes, familiares, apoiadores e toda a sociedade para aumentar a conscientização sobre esse tumor. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa de 2018 era de 6.150 novos casos e o Atlas de Mortalidade de Câncer de 2.015 registrou 3.536 óbitos. É considerada a segunda neoplasia ginecológica mais comum – ficando atrás apenas do câncer do colo de útero – e a que tem menor taxa de sobrevivência dos cânceres femininos.

Aproximadamente 70% das mulheres com câncer de ovário não são diagnosticadas antes do tumor atingir estágios avançados da doença e isso dificulta o tratamento e diminui as taxas de sobrevida em 5 anos.

Por outro lado, mulheres com diagnóstico da doença em estágios iniciais conseguem uma taxa de sobrevida em 5 anos de aproximadamente 80%.


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Conforme a Coalização Mundial de Câncer de Ovário, responsável pela iniciativa que criou a data, as taxas de sobrevida do tumor em cinco anos variam, no mundo, de 30 a 45% enquanto as do câncer de mama ficam entre 80 e 90%.

Não conseguimos fazer diagnóstico precoce porque não há exame de rastreamento efetivo; os estudos não demonstram benefício em fazer.

O câncer de ovário é chamado de tumor silencioso e essa característica é justamente um dos motivos dos diagnósticos tardios. Pacientes com câncer de ovário não apresentam sintomas específicos; queixam-se de desconforto abdominal, mudança de hábito intestinal, meteorismo, uma perda inexplicável de peso concomitante e ganho de massa abdominal. Essas queixas são consideravelmente inespecíficas e isso dificulta um diagnóstico precoce da doença.


De olho no histórico familiar

Os avanços na área genética permitiram melhorar o cenário da doença, já que cerca de 10% dos tumores de ovário podem ser causados por fatores genéticos. O mais comum dentre esses fatores são as mutações BRCA1 (36% a 46% podem desenvolver câncer) e BRCA2 (10% a 27% podem desenvolver câncer). Mulheres com mutação do BRCA têm indicação de retirada dos ovários. A recomendação é de cirurgia profilática. É preciso ficar atento à história familiar, se tem diagnóstico precoce de câncer de mama ou de ovário ou muitas pessoas com histórico de tumores, para fazer avaliação genética. Todas as pacientes com diagnóstico têm indicação para fazer a avaliação.

Outros fatores de risco para o desenvolvimento esporádico de câncer de ovário: idade avançada, obesidade e síndrome dos ovários policísticos. A prevenção começa com informação sobre a doença, o que permite à mulher ficar atenta a qualquer mudança inicial em seu corpo; dieta com uma alimentação saudável e não consumir comidas inflamatórias (como álcool, carboidratos, chocolates etc.) e exercícios físicos regulares. Hábitos de vida saudáveis são o primeiro passo para evitar doenças.


Tratamentos e avanços

O tratamento é cirúrgico e recomendamos, sempre que possível, que a cirurgia seja feita com cirurgiões especializados nesse tipo de tratamento.

Na grande maioria das vezes pode fazer quimioterapia. Têm tratamentos que estão sendo estudados para alguns tipos de câncer de ovário, os mais recentes na área de mutação de BRCA, inibidores de PARP – uma medicação já está aprovada no Brasil pela Anvisa, mas ainda não está no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde, reguladora dos planos de saúde) nem no SUS.


Fonte: Instituto Vencer o Câncer

 
 
 

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